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Guia de Anamnese Veterinária

Material didático completo

Para profissionais veterinários

🎴 Flashcards Interativos - Termos Veterinários

Aprenda e memorize os termos veterinários de forma interativa! Clique no card para virar e ver a definição. Use os botões abaixo para filtrar por sistema ou embaralhar.

💡 Como usar: Selecione um sistema veterinário abaixo, leia o termo na frente do card e tente lembrar sua definição. Clique no card para revelar a resposta. Use as setas para navegar entre os cards.
Sistema

Termo

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Termo

Definição

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Introdução à Anamnese Veterinária

O termo "anamnese" vem do grego (Aná = trazer de novo e Mnesis = memória), e reflete o ato de relembrar os eventos e experiências passadas que podem ser relevantes para o diagnóstico de uma condição atual.

🏛️ Contexto Histórico

Historicamente, a prática da anamnese se desenvolveu na medicina humana, onde a coleta de informações sobre o paciente já era essencial para o diagnóstico antes da existência dos modernos métodos laboratoriais e de imagem. Hipócrates, o pai da medicina moderna, já defendia a importância de conhecer o histórico de saúde do paciente, além de observar seus sintomas físicos.

A Importância na Medicina Veterinária

Na medicina veterinária, a anamnese é um ponto de grande importância para o diagnóstico e condutas clínicas com os pacientes, especialmente devido à impossibilidade de comunicação verbal com os animais. Em virtude dessa realidade, o médico veterinário necessita das informações advindas do proprietário ou por pessoas que convivam em seu ambiente.

Habilidades Essenciais

Para realizar uma anamnese bem feita, é essencial que o profissional executante tenha:

  • Boa habilidade comunicativa - Capacidade de conduzir a entrevista de forma clara e acolhedora
  • Observação aguçada - Atenção aos detalhes verbais e não-verbais do proprietário
  • Correlação de situações - Capacidade de conectar informações aparentemente isoladas
  • Olhar atento para detalhes - Valorizar informações que podem parecer insignificantes mas são cruciais
⚠️ Importante: O sucesso da anamnese não depende apenas do entrevistador, mas também do responsável pelo animal. Existe o risco de informações incompletas ou omissões por receio de julgamento (protocolo vacinal, controle parasitário, alimentação, histórico da doença).

Boas Práticas na Entrevista

Não realizar perguntas em tom de julgamento

Evitar colocar o responsável em situação de constrangimento

Lembrar que a saúde do animal é mais importante que discutir quem está certo

Evitar termos técnicos que o entrevistado não conheça

Facilitar uma comunicação horizontal e acessível

Fundamentos e Abordagens Gerais

Os 5 Pilares para uma Anamnese de Sucesso

1. 👂 Atenção

Ouvir com atenção a história contada pelo entrevistado e não desprezar pequenos detalhes que podem ser cruciais para o diagnóstico.

2. 💬 Estimulação

Estimular o proprietário a compartilhar todas as informações que ele sabe sobre o animal. Realizar perguntas que possam ajudá-lo a relembrar de fatos esquecidos. Nesta etapa é importante saber separar informações relevantes das que não agregam ao caso.

3. ❓ Inquisição

Perguntar mais sobre fatos que não ficaram claros. Não ter receio de pedir esclarecimentos adicionais sobre pontos confusos ou contraditórios.

4. 🔍 Observação

Analisar as informações ofertadas pelo entrevistado e fazer associação com o estado de saúde do animal. Se necessário, repetir perguntas feitas anteriormente em outras palavras para melhor elucidação.

5. 🔗 União

Agrupar todos os dados coletados e analisar se a história tem concordância e uma cronicidade lógica. Verificar se há coerência temporal e causal entre os eventos relatados.

💡 Dica Profissional: A experiência é responsável pelo sucesso do tratamento do paciente. Confie no processo e tenha paciência, pois a curva de aprendizado é longa. Quanto mais você ouvir e observar, mais claro será o caminho para o diagnóstico e o cuidado eficiente dos seus pacientes!

Etapas da Anamnese Veterinária

A anamnese envolve a coleta de uma série de informações organizadas em etapas. As principais fases que compõem uma anamnese bem estruturada são:

1️⃣ Queixa Principal

Este é o ponto de partida da consulta, onde o proprietário relata o motivo principal que o levou a buscar atendimento veterinário. A queixa principal deve ser anotada com as palavras exatas do entrevistado, sem interpretações iniciais.

Perguntas sugeridas:

  • O que te levou a trazer seu animal aqui hoje?
  • O que aconteceu com o animal?
  • Qual foi a mudança que você observou no seu animal?

2️⃣ Histórico Médico Recente

Coleta de informações sobre o início e a evolução dos sinais clínicos atuais. É importante determinar há quanto tempo os sintomas começaram, qual foi a sua progressão, se houve tratamentos anteriores e quais foram os resultados.

Perguntas sugeridas:

  • Quando você começou a observar essas alterações?
  • Essa alteração fica mais evidente em algum horário do dia?
  • Foi realizado algum tratamento? Qual medicação? Por quanto tempo?
  • O animal apresentou melhora ou piora desde o início?
  • Está vomitando? (diferenciar vômito de regurgitação)
  • Como estão as fezes?
  • Urina com dificuldade?

3️⃣ Histórico de Alimentação e Manejo

Investigação dos hábitos alimentares, tipo de alimentação oferecida, frequência de alimentação e acesso a água, além do manejo geral do animal.

Perguntas sugeridas:

  • Qual o tipo de alimentação ofertada?
  • Houve troca recente da ração?
  • Qual a marca da ração? Onde compra?
  • O animal bebe água normalmente?
  • Onde a água e o alimento são oferecidos?
  • Como o alimento é armazenado?

4️⃣ Histórico Vacinal e Controle Parasitário

Questionamentos sobre as vacinas recebidas e o protocolo de vermifugação e antiparasitários externos.

Perguntas sugeridas:

  • Está com as vacinas em dia? Quais e quando?
  • Tomou vacina antirrábica este ano?
  • Administra medicamento para pulgas e carrapatos?
  • O controle de vermes está em dia?
  • Tem histórico de doenças parasitárias?

5️⃣ Histórico de Doenças e Tratamentos Anteriores

Informações sobre doenças anteriores, procedimentos cirúrgicos, internações, uso de medicamentos contínuos ou episódios de intoxicações.

Perguntas sugeridas:

  • O animal já teve alguma doença anterior?
  • Foi submetido a algum procedimento cirúrgico?
  • Já ficou internado? Por qual motivo?
  • Faz uso de algum medicamento contínuo?

6️⃣ Histórico Familiar e Reprodutivo

Em casos específicos, investigar o histórico genético do animal, possíveis doenças hereditárias e o histórico reprodutivo.

Perguntas sugeridas:

  • Conhece os pais do animal? Tinham problemas de saúde?
  • Qual a origem do animal?
  • Há outros animais da mesma ninhada com problemas?
  • O animal já foi utilizado para reprodução?
  • O animal é castrado? Quando?

7️⃣ Ambiente e Rotina

Analisar o ambiente em que o animal vive pode fornecer pistas importantes sobre a origem dos problemas de saúde.

Perguntas sugeridas:

  • Onde o animal vive na maior parte do tempo?
  • Possui contato com outros animais?
  • Pratica exercícios físicos regularmente?
  • Houve mudança recente na rotina?

8️⃣ Observações sobre o Comportamento

Incentivar o proprietário a descrever qualquer alteração no comportamento do animal. Alterações comportamentais muitas vezes são sinais precoces de doenças.

Perguntas sugeridas:

  • Houve mudanças no apetite?
  • Está bebendo água normalmente?
  • Apresentou mudança de comportamento?
  • Está se lambendo ou coçando mais que o normal?
  • O animal manca ou claudica?

Glossário de Termos Veterinários

Conheça os principais termos semiológicos veterinários organizados por sistema. Clique em cada categoria para expandir e visualizar os termos.

📌 Sufixos Técnicos

-RÉXIS: Alimentação
-DIPSIA: Ingestão de água
-FAGIA: Deglutição
-QUESIA: Defecação/fezes

🔬 Sistema Tegumentar (Pele e Pelagem)

Abscesso: Coleção de secreção purulenta.
Acromia: Ausência de cor na pele.
Alopécia: Redução parcial ou total de pelos.
Cicatriz: Lesão que já passou por todo o processo de cicatrização.
Colarete Epidérmico: Pústula rompida com descamação em forma de anel.
Comedão/Comedões: Pontos pretos na pele.
Descamação: Processo de descamação da pele.
Discromia: Alterações na cor do pelo.
Eritrodermia: Pele avermelhada.
Equimose: Extravasamento de sangue causando manchas roxas com até 3 cm.
Flegmão: Secreção com pus generalizado (difuso) no corpo.
Hiperlignificação: Tipo de pele grossa e úmida.
Hiperpigmentação (Melanodermia): Escurecimento da pele.
Hiperqueratose: Espessamento da pele.
Hipopigmentação (Leucodermia): Pele mais clara que o normal.
Hipotonia Cutânea: Pele fina.
Hipotricose: Rarefação pilosa / perda acentuada de pelos.
Lesão Vesiculobolhosa: Queimadura que evolui para formato de bolhas.
Leucotriquia: Pelo que se tornou mais claro.
Melanotriquia: Pelo que se tornou mais escuro.
Neoplasma (Tumor): Aglomerado anormal de células.
Nódulo: Lesão sólida superior a 1 cm.
Pápula: Mancha rosada na pele com elevação.
Petéquia: Pontinho roxo (distúrbio de coagulação).
Placa: Tipo de saliência retangular.
Pústula: Espinha com secreção purulenta.
Sufusão: Áreas superiores a 3 cm de extravasamento sanguíneo.

👁️ Sistema Oftálmico

Amaurose: Perda total da visão.
Anisocoria: Pupilas de tamanhos desiguais.
Blefarite: Inflamação das pálpebras.
Buftalmia: Aumento no tamanho do globo ocular.
Catarata: Cristalino opaco.
Ceratite: Inflamação da córnea.
Distiquíase: Linha extra de cílios na margem da pálpebra.
Ectrópion: Eversão (virar para fora) da pálpebra.
Enoftalmia: Globo ocular afundado para dentro da órbita.
Entrópio: Inversão da pálpebra para dentro.
Episclerite: Olho vermelho (inflamação da episclera).
Exoftalmia: Protusão (projeção) do globo ocular.
Fotofobia: Hipersensibilidade à luz.
Hifema: Sangue na câmara anterior do olho.
Hipópio: Pus na câmara anterior do olho.
Midríase: Dilatação pupilar.
Miose: Contração pupilar.
Nistagmo: Movimentos repetitivos e rítmicos dos olhos.
Triquíase: Cílios que crescem em direção ao globo ocular.

🫁 Sistema Respiratório e Circulatório

Apneia: Parada respiratória.
Bradipneia: Redução da frequência respiratória.
Cianose: Coloração roxo/azulada.
Cornagem: Ruído (estridor) por dificuldade inspiratória (laringe).
Dispneia: Dificuldade em respirar.
Hemoptise: Eliminação de sangue com a tosse (brônquios/pulmões).
Ortopneia: Dispneia que obriga sentar ou ficar em pé para alívio.
Palpitações: Percepção incômoda dos batimentos cardíacos.
Paroxística: Ato de engasgar-se.
Produtiva: Tosse com expectoração (pneumonia/broncopneumonia).
Sibilância: Chiado ou chieira na respiração.
Síncope: Desmaio, perda súbita da consciência.
Taquipneia: Aumento da frequência respiratória.
Tiragem: Aumento da retração dos espaços intercostais na respiração.
Tosse Expiratória: Problema no trato respiratório inferior.
Tosse Inspiratória: Problema no trato respiratório superior.
Tosse Mista: Afeta o sistema cardiovascular.

🍽️ Sistema Digestório

Adipsia: Falta de interesse em beber água.
Anorexia (Inapetência): Perda total de apetite.
Aquesia: Animal não consegue defecar.
Constipação (Obstipação): Incapacidade de defecar / intestino preso.
Coprofagia: Ato de ingerir fezes.
Disfagia: Dificuldade de deglutição.
Disquesia: Dor ao defecar.
Êmese: Vômito (expelir conteúdo gástrico com esforço).
Esteatorreia: Aumento da quantidade de gordura nas fezes.
Fitofagia: Ato de ingerir plantas/vegetação.
Geofagia: Ato de comer terra.
Halitose: Mau hálito.
Hematêmese: Vômito com presença de sangue.
Hematoquezia: Sangue vivo nas fezes (Intestino Grosso).
Hiperorexia (Polifagia): Aumento contínuo do apetite.
Hiporexia: Diminuição do apetite.
Incontinência: Incapacidade de controlar a defecação.
Melena: Sangue preto ou digerido nas fezes.
Normodipsia: Consumo normal de água.
Normofagia (Normorexia): Apetite normal.
Normoquesia: Ato natural e normal de defecar.
Odinofagia: Dor à deglutição.
Oligodipsia: Necessidade de beber menos água.
Oligoquesia: Animal começa a defecar menos.
Parorexia: Apetite inapropriado/desregulado.
Polidipsia: Aumento de ingestão de água.
Regurgitação: Expelir conteúdo esofágico, sem esforço.
Tenesmo: Esforço ao defecar.

🦴 Sistema Neurológico e Locomotor

Ataxia: Incoordenação motora.
Cefaleia: Dor de cabeça.
Claudicação: Ato de mancar.
Fratura: Perda da integridade óssea (rachadura ou quebra).
Hemiplegia: Paralisia de um lado do corpo.
Luxação: Perda da congruência articular.
Paraplegia: Paralisia dos membros inferiores.
Parestesia: Sensação de formigamento e dormência.
Tetraplegia: Paralisia dos membros superiores e inferiores.
Vertigem: Sensação de se estar girando em torno dos objetos.
Zumbidos: Percepção de ruídos sem estímulo exterior.

🩺 Sistema Geniturinário

Anúria: Não produz urina (diurese < 100 ml/24h).
Colúria: Urina escura (cor de Coca-Cola) com pigmentos biliares.
Disúria: Urinar com dificuldade/dor/queimação.
Enurese Noturna: Emissão involuntária de urina durante o sono.
Estrangúria: Micção lenta e dolorosa.
Escúria (Iscúria): Tem urina, mas não consegue eliminar.
Hematúria: Presença de sangue na urina.
Noctúria: Necessidade de urinar à noite.
Oligúria: Redução do volume urinário (diurese < 500 ml/dia).
Polaciúria (Polaquiúria): Aumento da frequência de micções (sem aumento de volume).
Poliúria: Aumento do volume urinário (diurese > 2500 ml/dia).
Secreções: Substâncias com ou sem presença de pus.

⚕️ Exame Clínico e Termos Gerais

Adenomegalia: Crescimento de linfonodos.
Astenia: Debilidade física que melhora com repouso.
Bradisfigmia: Pulso abaixo do normal.
Calafrios: Sensação passageira de frio com ereção dos pelos.
Caquexia: Extrema magreza com comprometimento geral.
Edema: Inchaço.
Esplenomegalia: Crescimento do baço.
Fadiga: Cansaço ao realizar pequenos esforços.
FC Normal (Cão): 60-160 bpm
FC Normal (Gato): 120-240 bpm
FR Normal (Cão): 18-36 mpm
FR Normal (Gato): 20-40 mpm
Hepatomegalia: Crescimento do fígado.
Icterícia: Coloração amarelada (pigmentos biliares).
Prurido: Coceira.
Sudorese (Diaforese): Eliminação abundante de suor.
Taquisfigmia: Pulso acima do normal.
TPC (Normal): 1-2 segundos (Tempo de Preenchimento Capilar).
TR (Normal): 37,5°C a 39,2°C (Temperatura Retal).
💡 Dica: Este glossário expandido contém mais de 120 termos veterinários organizados por sistema. Recomenda-se o aprofundamento através de literatura especializada e prática clínica para domínio completo dos termos.

Ficha de Anamnese

Preencha os campos abaixo para criar uma ficha de anamnese completa. Você pode gerar um PDF formatado para impressão em folha A4.

💾 INFORMAÇÃO IMPORTANTE SOBRE SALVAMENTO

Como funciona o salvamento automático:

  • ✅ Seus dados são salvos automaticamente no navegador enquanto você preenche o formulário
  • ✅ Ao voltar ao site, seus dados estarão aqui, desde que use o mesmo navegador e dispositivo
  • ⚠️ ATENÇÃO: Se você limpar o histórico, cache ou dados do navegador, TODOS os dados salvos serão perdidos permanentemente
  • ⚠️ Os dados ficam apenas no seu navegador - não há servidor ou nuvem para backup
  • 🔄 RECOMENDAÇÃO IMPORTANTE: Sempre que terminar de preencher, clique em "Gerar PDF" para ter uma cópia permanente e segura!

Resumindo: É como escrever em um caderno na gaveta do seu computador. Se limpar a gaveta, perde tudo!

💡 Dica: Clique nos botões ? ao lado de cada campo para ver termos técnicos relevantes e perguntas sugeridas que ajudam no preenchimento!

Dados do Animal

Dados do Responsável

Queixa Principal

Histórico Médico Recente

Alimentação e Manejo

Histórico Vacinal e Parasitário

Histórico Anterior

Ambiente e Comportamento

🎯 Seção de Diagnósticos

💡 Exemplos Práticos: Preencha automaticamente com casos clínicos reais para testar o sistema

Ficha de Exame Físico e Anamnese Especial

📋 Parte 2 da Anamnese: Preencha as informações específicas por sistema e os dados do exame físico.

📝 ANAMNESE ESPECIAL - REVISÃO POR SISTEMAS

(secreção, tosse, espirro, cianose, dispneia, ruído na respiração, etc)

(intolerância a exercícios, cansaço, síncope, cianose, tosse, etc)

(apetite, vômito, diarreia, regurgitação, disquesia, etc)

(ingestão de água, aspecto/volume/frequência da urina, tenesmo vesical, disúria, etc)

(secreção, cio, anticoncepcional, prenhez, número de filhotes, mamas, alteração de comportamento, etc)

(claudicação, trauma, aumento de volume, marcha, impotência de membro, frequência/tipo de exercícios, etc)

(convulsão, síncopes, déficits neurológicos, deambulação, audição, olfato, propriocepção, manias, deglutição, alteração latido/miado, etc)

(higiene, secreção, alopecia, prurido, lesões, descamação, parasitas, orelha, etc)

(secreção, olho vermelho, olho esbranquiçado, déficit visual, blefaroespasmo, fotofobia, primeiro olho afetado, etc)

🩺 EXAME FÍSICO

Ajuda

🔬 Laboratório Veterinário

Guia completo para coleta, armazenamento e envio de amostras para análises laboratoriais

📑 Como usar: Clique nos cards abaixo para expandir e ver o conteúdo completo de cada tipo de exame. Cada seção inclui um artifício de memorização para facilitar o aprendizado!
🩸 HEMOGRAMA COMPLETO
📋 O que avalia: Eritrograma (série vermelha), Leucograma (série branca), Plaquetas

🧠Artifício de Memorização

"EDTA ROXO Homogeneiza SEMPRE - 3 Veias J.C.S."
Decodificando:
EDTA ROXO = Tubo com EDTA (tampa roxa)
Homogeneiza SEMPRE = Sempre homogeneizar por inversão
3 Veias J.C.S. = Jugular, Cefálica, Safena (locais de punção)

🧪 Passo a Passo da Coleta:

1
Preparar Material
Tubo EDTA (tampa roxa), agulha 25x7/25x8, seringa, algodão, álcool 70%
2
Escolher Local de Punção
Jugular (preferencial), Cefálica ou Safena lateral
3
Fazer Antissepsia
Limpar a região com algodão e álcool 70%
4
Realizar Punção
Coletar 2-3mL (cães) ou 1-2mL (gatos)
5
Transferir para o Tubo
Remover agulha, transferir sangue suavemente para o tubo EDTA
6
Homogeneizar Suavemente
8-10 inversões delicadas (NÃO agitar!)
7
Fazer Esfregaço Imediato
Preparar lâmina logo após a coleta
8
Identificar e Armazenar
Nome, data, hora. Refrigerar (2-8°C) até 24h
💡 Dica de Ouro: A JUGULAR é a melhor veia! Maior volume, menos hemólise, mais fácil de puncionar. Use sempre que possível!
⚠️ NUNCA esqueça: Homogeneizar SUAVEMENTE! Agitar vigorosamente causa HEMÓLISE e invalida o exame!
⏰ Preparo do paciente: Jejum NÃO é necessário para hemograma (mas recomendado se for coletar bioquímica junto)
💧 BIOQUÍMICA SÉRICA
📋 O que avalia: Função renal, hepática, pancreática, glicemia, eletrólitos, proteínas

🧠Artifício de Memorização

"VERMELHO sem EDTA - NÃO Mexe - JEJUM 8-12h - CENTRIFUGA"
Decodificando:
VERMELHO sem EDTA = Tubo tampa vermelha SEM anticoagulante
NÃO Mexe = NÃO homogeneizar (deixar coagular)
JEJUM 8-12h = Paciente precisa jejuar
CENTRIFUGA = Centrifugar 30-60min após coleta

🧪 Passo a Passo da Coleta:

1
Verificar Jejum
8-12 horas de jejum (água permitida)
2
Preparar Material
Tubo sem anticoagulante (tampa vermelha) ou com gel separador (amarela)
3
Coletar Sangue
3-5mL (cães) ou 2-3mL (gatos) - mesma técnica do hemograma
4
Transferir SEM Homogeneizar
Colocar no tubo e deixar QUIETO (não mexer!)
5
Aguardar Retração do Coágulo
30-60 minutos em temperatura ambiente
6
Centrifugar
3000 rpm por 10 minutos
7
Separar o Soro
Transferir sobrenadante (parte líquida) para outro tubo
8
Refrigerar/Congelar
Armazenar até análise
💡 Principais Exames: Renal: Ureia, Creatinina | Hepático: ALT, FA | Pancreático: Lipase | Glicemia: Glicose
⚠️ Evitar a todo custo: HEMÓLISE, LIPEMIA e ICTERÍCIA interferem nos resultados!
💛 URINÁLISE (EXAME DE URINA)
📋 O que avalia: Exame físico (cor, odor, densidade), químico (pH, proteína, glicose) e sedimento (células, cristais, cilindros)

🧠Artifício de Memorização

"3 Métodos: JATO-CISTO-SONDA = J.C.S. (Jamaicano Come Sushi)"
Decodificando:
JATO = Micção espontânea (jato médio) - Para urinálise básica
CISTO = Cistocentese (punção) - IDEAL para cultura (estéril)
SONDA = Cateterização uretral - Último recurso

🧪 Métodos de Coleta:

1
Micção Espontânea (Jato Médio)
✅ Fácil, não invasivo
❌ Pode contaminar
📌 Usar para: Urinálise básica, densidade
2
Cistocentese (Punção Vesical)
✅ Amostra ESTÉRIL, ideal para cultura
❌ Invasivo
📌 Usar para: Urocultura, suspeita ITU
3
Cateterização Uretral
✅ Para animais que não urinam
❌ Traumático, pode contaminar
📌 Usar para: Emergências, anúria
💡 Regra de Ouro: Para UROCULTURA = sempre CISTOCENTESE! Para urinálise básica = pode ser jato médio.
⚠️ CRÍTICO: Analisar IMEDIATAMENTE (até 30min) ou REFRIGERAR! NÃO congelar (destrói células)!
💩 EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES
📋 O que avalia: Ovos, larvas, cistos e oocistos de parasitas intestinais

🧠Artifício de Memorização

"FRESCA com MUCO - 3 Amostras - REFRIGERA (não congela) - 15 dias sem vermífugo"
Decodificando:
FRESCA com MUCO = Coletar fezes frescas, preferir partes com muco/sangue
3 Amostras = Coletar em 3 dias alternados (aumenta sensibilidade)
REFRIGERA = Pode refrigerar, mas NÃO congelar
15 dias = Suspender vermífugo 15 dias antes

🧪 Passo a Passo da Coleta:

1
Verificar Vermifugação
Suspender vermífugo por pelo menos 15 dias antes
2
Coletar Fezes Frescas
Recém-eliminadas, 5-10g (1-2 colheres de sopa)
3
Dar Preferência a Áreas com Alterações
Coletar porções COM muco ou sangue (se houver)
4
Acondicionar em Pote Limpo
Coletor universal estéril ou pote limpo com tampa
5
Identificar Corretamente
Nome do animal, data e hora da coleta
6
Enviar Rapidamente
Até 24 horas. Se demorar: refrigerar
7
Repetir em 3 Dias Alternados
Para aumentar sensibilidade (especialmente Giardia)
💡 Métodos Principais: Willis (ovos leves) | Hoffman (ovos pesados) | Direto (Giardia) | Baermann (larvas)
⚠️ Para Giardia: Amostra FRESCA (ideal em 30min)! Trofozoítos morrem rápido!
🔬 CITOLOGIA (PAAF)
📋 O que avalia: Características celulares de massas, nódulos, líquidos cavitários, lesões de pele

🧠Artifício de Memorização

"PAAF = Punciona, Aspira (NÃO!), Avança-vai-vem, Faz esfregaço (4-6 lâminas)"
Decodificando:
Punciona = Introduz agulha na massa
Aspira (NÃO!) = Técnica NÃO aspirativa é mais comum
Avança-vai-vem = 5-10 movimentos mudando direção
Faz esfregaço = Preparar mínimo 4-6 lâminas

🧪 Passo a Passo da PAAF:

1
Preparar Material
Agulha 25x7/25x8, seringa 10-20mL, lâminas limpas (4-6), álcool 70%
2
Fazer Antissepsia Local
Tricotomia + limpeza com álcool 70%
3
Fixar a Massa
Segurar firmemente com uma mão
4
Introduzir Agulha
Penetrar na massa
5
Fazer Movimentos de Vai-e-Vem
5-10 vezes, mudando direção (SEM aspirar)
6
Retirar Agulha
Remover delicadamente
7
Expelir Material na Lâmina
Destacar agulha, puxar êmbolo, recolocar e expelir
8
Fazer Esfregaço
Ângulo 30-45°, movimentos suaves. Secar ao ar
9
Repetir Múltiplas Vezes
Diferentes áreas, preparar 4-6 lâminas
💡 Dica de Ouro: Citologia é rápida, barata e minimamente invasiva. SEMPRE realizar antes de cirurgia!
⚠️ CUIDADO: Esfregaços devem ser FINOS! Espessos não dá para ver as células!
🦠 MICROBIOLOGIA (CULTURA)
📋 O que avalia: Identificação de bactérias, fungos e sensibilidade a antibióticos

🧠Artifício de Memorização

"A.B.C. = ANTES do Antibiótico, BACTÉRIA na Cultura!"
Decodificando:
ANTES = SEMPRE coletar ANTES de iniciar antibiótico
BACTÉRIA = Identificar qual bactéria/fungo
CULTURA = Fazer cultura + antibiograma

⚠️ NUNCA ESQUEÇA: Antibiótico ANTES = Cultura INÚTIL!

🧪 Regras de Ouro:

1
NUNCA Iniciar Antibiótico Antes
Regra #1: Coletar material ANTES de qualquer tratamento!
2
Usar Técnica Asséptica Rigorosa
Material estéril, antissepsia perfeita
3
Urocultura = Cistocentese
Método ideal: punção vesical estéril (3-5mL)
4
Cultura de Pele = Limpar Bem
Limpar com SF 0,9%, coletar tecido viável com swab estéril
5
Identificar Completamente
Nome, animal, local da coleta, data, hora
6
Enviar RAPIDAMENTE
Quanto antes chegar ao laboratório, melhor!
7
Se Demorar: Refrigerar
Nunca deixar em temperatura ambiente (NÃO congelar)
⚠️ CRÍTICO: NUNCA iniciar antibiótico antes de coletar! Se já iniciou, suspender 48-72h (se possível) antes de coletar.
🐾 EXAME DERMATOLÓGICO VETERINÁRIO
📋 Objetivo Geral: Avaliar pele e anexos (pelos, glândulas, unhas) para identificar causas parasitárias, fúngicas, bacterianas, endócrinas, neoplásicas e nutricionais. A pele reflete a saúde geral do animal, portanto sempre considere alterações sistêmicas!

1️⃣ Avaliação Inicial (Clínica)

1
Espécies atendidas
Cães e gatos (60–70% da dermatologia clínica), equinos e bovinos.
2
Inspeção detalhada
Observar padrão de alopecia (localizada, simétrica → endocrino?), eritema, crostas, prurido, descamação e pústulas.
3
Lesões suspeitas
Avaliar lesões ulceradas ou proliferativas para investigação de neoplasias e notar a distribuição das lesões (áreas de preferência dos parasitas).
💡 Dica: Sempre anote a evolução e o tempo de lesão! A cronologia ajuda a diferenciar causas endócrinas, inflamatórias ou parasitárias.

🧪 Exames Dermatológicos Principais

Exame Identifica Espécies
Raspado cutâneo (superficial/profundo) Sarnas, piolhos Cães, gatos, equinos
Citologia (swab, impressão, PAAF, fita) Bactérias, fungos, tipos celulares Todos
Tricograma Qualidade do pelo, piolhos, fungos Todos
Cultura fúngica (DTM) Dermatofitose Cães, gatos, bovinos, equinos
Biópsia cutânea Tumores, dermatoses graves Todos

🔬 Coleta de Material — Como, quando e para quê

1
Raspado cutâneo
Superficial: raspar apenas a epiderme com óleo mineral → diagnostica sarna sarcóptica e notoédrica. Profundo: beliscar e raspar até o sangramento superficial → diagnostica sarna demodécica. Sempre coletar múltiplos pontos para aumentar a sensibilidade.
2
Citologia dermatológica
Técnicas de swab (otites e úlceras), impressão em lâmina (pústulas), fita de acetato (áreas alopécicas) e PAAF (tumores/nódulos). Identifica bactérias, Malassezia e padrão inflamatório ou neoplásico. Resultado expresso em cruzes (+ a +++).
3
Tricograma
Remover pelos com pinça incluindo a raiz. Útil em alterações endócrinas, nutricionais, para detectar piolhos, fezes de pulga e fungos. Coletar na borda da alopecia.
4
Cultura fúngica (DTM)
Indicado em alopecias suspeitas de dermatofitose. Os principais agentes são Microsporum canis, M. gypseum e Trichophyton mentagrophytes. A amostra deve conter a raiz do pelo.
5
Biópsia cutânea
Indicada quando não há resposta ao tratamento, neoplasia suspeita, ulcerações crônicas ou dermatoses graves. Métodos: punch (mais utilizado), excisional ou incisional. As amostras devem ser fixadas em formol e, em caso de suspeita neoplásica, incluir margens adjacentes.

🐾 Condutas por Espécie

Espécie Foco das Coletas Doenças comuns
Cães Raspado profundo e superficial, swab, tricograma Demodicose, sarcóptica, Malassezia, dermatofitose
Gatos Swab otológico, raspado superficial, tricograma Notoedres, dermatofitose, otites
Equinos Raspado superficial + cultura fúngica Sarna (Psoroptes, Chorioptes), dermatofitoses
Bovinos Cultura fúngica e citologia Dermatofitose, dermatites variadas

🧠 Achados Laboratoriais de Destaque

Agente Exame ideal Observações
Demodex Raspado profundo Parasita do folículo piloso
Sarcoptes Raspado superficial Zoonótico!
Malassezia Citologia Forma de “amendoim”
Dermatófitos DTM / Micológico direto Lâmpada de Wood pode ajudar
Piolhos Tricograma / fita Ver lêndeas e parasitas
⭐ Resumo visual: Suspeita clínica → Coleta correta → Exame certo → Tratamento eficaz. Sempre coletar na borda ativa da lesão, utilizar óleo mineral nos raspados e percorrer a lâmina toda em zigue‑zague para não perder parasitas.
💧 AVALIAÇÃO DE FLUIDOS CAVITÁRIOS
📋 Objetivos: Diagnosticar a causa do acúmulo de líquidos no pericárdio, pleura, abdômen ou no sistema nervoso central (LCR); guiar conduta terapêutica e drenagem; apoiar prognóstico e prevenir compressão de órgãos. Efusão ocorre por desequilíbrio entre a pressão oncótica (↓ albumina) e a pressão hidrostática (↑ pressão vascular).

🩺 1️⃣ Coleta de Líquidos Cavitários

1
Métodos de punção
Paracentese torácica ou abdominal; cistocentese quando urinário; punção lombar ou atlanto‑occipital para líquor (LCR).
2
Materiais básicos
Agulha 40×12 ou 40×16 (ou cateter siliconizado), seringa 10–20 mL, tricotomia e assepsia (clorexidina ou PVPI + álcool 70%), luvas, tubo com EDTA (quando amostra sanguinolenta) e frasco estéril para culturas.
3
Locais práticos de punção
Cavidade Local recomendado Animais
Abdominal 0,5 cm acima ou abaixo da cicatriz umbilical Cães e gatos
Torácica Linha média axilar, 7º–8º espaço intercostal Pequenos animais
Líquor (LCR) Cisterna magna ou lombar Todos (sob anestesia)
💡 Dica: Ao puncionar, inserir a agulha perpendicularmente até “sentir a queda” ao atravessar a parede cavitária. Para coleta de LCR, use anestesia profunda e forneça oxigênio — o movimento do animal pode causar trauma.

🔬 2️⃣ Avaliação Laboratorial (3 frentes)

A) Análise Física
Parâmetro O que indica
Cor Sangue, bilioso, quiloso ou séptico
Aspecto Límpido vs turvo (turbidez indica inflamação)
Odor Fétido sugere processo séptico
B) Análise Química
Medida Interpretação
Proteína Total (PT) Classifica transudato vs exsudato
Glicose Reduzida nas infecções bacterianas
Densidade Estima a quantidade de células e proteínas
pH Inflamação → pH ácido
Tira reagente Detecta hemorragia ou bilirrubina
✅ Observações: Refratômetro fornece estimativa das células em relação à água. Sempre comparar a glicose do líquido com a do soro do paciente.
C) Análise Citológica
  • Preparar esfregaço corado (panótico) e contar células nucleadas.
  • Identificar tipos celulares: mesoteliais e macrófagos (fisiológico ou inflamação leve), neutrófilos (inflamação), neutrófilos degenerados sugerem infecção bacteriana, linfócitos (doenças crônicas ou virais como FeLV/FIV), macrófagos espumosos (FIP).
  • Verificar bactérias livres ou intracelulares – bactérias intracitoplasmáticas confirmam processo séptico.

🏷️ 3️⃣ Classificação dos Derrames

Tipo PT Células (CTCN/µL) Densidade Predominância Bactérias
Transudato puro < 2,5 g/dL < 1.500 < 1,017 Mesoteliais e poucos linfócitos
Transudato modificado 2,5–3,0 g/dL 1.000–7.000 1,017–1,025 Mesoteliais reativas, neutrófilos íntegros
Exsudato > 3,0 g/dL > 7.000 > 1,025 Neutrófilos e macrófagos ✅/❌
🎯 Caminho mental rápido: PT baixa + poucas células → transudato; PT intermediária + células moderadas → transudato modificado; PT alta + neutrófilos → exsudato (geralmente séptico).

🧠 Etiologias principais

Tipo de Derrame Doenças comuns
Transudato puro Hipoalbuminemia (doença hepática, nefropatia perdedora de proteínas)
Transudato modificado Insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão portal, neoplasias
Exsudato séptico Peritonite, piotórax, ruptura intestinal
Exsudato asséptico Peritonite infecciosa felina (PIF), pancreatite, inflamações estéreis

🧠💡 Extra — Líquor (LCR) em Foco

Parâmetro Normal Sugestivo de doença
Cor Transparente Turvo ou sanguinolento
PT < 0,25 g/L Valores altos sugerem inflamação neurológica
Densidade 1004–1006 em cães e gatos > 1010 em grandes animais
Neutrófilos ↑ Meningites bacterianas
Linfócitos ↑ Meningites virais ou PIF
Enzimas (CK/AST/LDH) Lesão do SNC
✅ Observações: Amostras de LCR devem ser sempre coletadas em tubos com EDTA e sob anestesia profunda. A hipertensão intracraniana severa é contraindicação absoluta para punção. Comparar o líquido com a clínica para direcionar o tratamento.

🧨 Regras de Ouro do Clínico

  • Se o líquido estiver fétido, suspeite de processo séptico.
  • PT > 3 g/dL e CTCN > 7.000/µL sugerem inflamação ativa.
  • Neutrófilos degenerados com bactérias intracelulares exigem antibioticoterapia imediata.
  • Após a coleta, prepare lamínulas e avalie imediatamente se o animal estiver instável — não espere para enviar ao laboratório.

🧪 GUIA RÁPIDO - TUBOS DE COLETA

Tampa Anticoagulante Indicação Homogeneizar?
🟣 Roxa EDTA Hemograma ✅ SIM
🔴 Vermelha Sem anticoagulante Bioquímica ❌ NÃO
🟡 Amarela Gel separador Bioquímica ⚠️ 5x
⚪ Cinza Fluoreto Glicemia ✅ SIM
🔵 Azul Citrato Coagulograma ✅ SIM

💡 CHECKLIST PARA COLETA:

  • ✅ Identificar tubos ANTES da coleta
  • ✅ Anotar data e hora
  • ✅ Verificar jejum necessário
  • ✅ Usar técnica asséptica
  • ✅ Respeitar volumes
  • ✅ Homogeneizar quando indicado
  • ✅ Refrigerar se necessário
  • ✅ Preencher requisição completa
  • ✅ Em dúvida: contatar laboratório

🎓 Treinamento Semiológico - Quiz Interativo

Teste seus conhecimentos em terminologia veterinária com 50 questões práticas organizadas por sistema. Selecione uma alternativa e clique em "Verificar Resposta".

💡 Como funciona: Cada questão apresenta um cenário clínico ou definição. Escolha a alternativa correta e clique no botão para verificar sua resposta. As respostas corretas ficarão em verde e as incorretas em vermelho.
🔬 Sistema Tegumentar (Pele e Pelagem) - 10 questões

Questão 1:

Um cão apresenta perda total de pelos em região circular no dorso, sem outras alterações visíveis. Qual termo descreve corretamente esta condição?

A) Hipotricose
B) Alopécia
C) Hipotonia cutânea
D) Acromia

Questão 2:

Durante o exame físico, você observa pequenas manchas roxas de aproximadamente 2mm espalhadas pela pele do abdômen de um gato. Como você descreveria essas lesões?

A) Equimoses
B) Sufusões
C) Petéquias
D) Pápulas

Questão 3:

Um cão com dermatite crônica apresenta pele escurecida e engrossada nas áreas afetadas. Quais são os termos corretos para descrever essas alterações?

A) Hiperpigmentação e hiperqueratose
B) Melanodermia e hipotonia cutânea
C) Leucodermia e hiperlignificação
D) Eritrodermia e descamação

Questão 4:

Ao examinar a pele de um felino, você encontra uma lesão elevada, sólida, com mais de 1,5 cm de diâmetro. Como você classificaria esta lesão?

A) Pápula
B) Pústula
C) Placa
D) Nódulo

Questão 5:

Um cão apresenta pontos pretos na pele do abdômen, semelhantes a cravos. Qual o termo técnico para essa condição?

A) Pústulas
B) Comedões
C) Petéquias
D) Melanotriquia

Questão 6:

Uma cadela apresenta pele avermelhada generalizada após reação alérgica. Qual termo descreve essa alteração cutânea?

A) Melanodermia
B) Leucodermia
C) Eritrodermia
D) Acromia

Questão 7:

Após ruptura de pústula, forma-se uma lesão circular com bordas descamativas. Como é denominada essa lesão característica?

A) Colarete epidérmico
B) Comedão
C) Placa
D) Cicatriz

Questão 8:

Um cão apresenta área de 5 cm com coloração roxa devido a extravasamento sanguíneo após trauma. Como você classificaria essa lesão?

A) Petéquia
B) Equimose
C) Hematoma
D) Sufusão

Questão 9:

Ao examinar um gato persa, você nota que seus pelos brancos tornaram-se mais escuros em determinada região. Qual termo descreve essa alteração?

A) Leucotriquia
B) Melanotriquia
C) Discromia
D) Hipotricose

Questão 10:

Um cão tem infecção bacteriana cutânea com acúmulo localizado de pus formando uma massa flutuante. Como denominar essa lesão?

A) Flegmão
B) Pústula
C) Abscesso
D) Nódulo
👁️ Sistema Oftálmico - 10 questões

Questão 11:

Um gato idoso apresenta opacidade no cristalino, prejudicando sua visão. Qual o diagnóstico mais provável?

A) Catarata
B) Ceratite
C) Amaurose
D) Buftalmia

Questão 12:

Durante exame neurológico, você observa que as pupilas do animal apresentam tamanhos diferentes. Como você registraria essa alteração?

A) Midríase bilateral
B) Miose unilateral
C) Nistagmo
D) Anisocoria

Questão 13:

Um Shar Pei apresenta inversão da pálpebra para dentro, causando irritação corneal pelos cílios. Qual a condição presente?

A) Ectrópion
B) Entrópio
C) Distiquíase
D) Triquíase

Questão 14:

Após trauma ocular, você observa presença de sangue na câmara anterior do olho. Como você descreveria esse achado?

A) Hipópio
B) Episclerite
C) Hifema
D) Buftalmia

Questão 15:

Um animal apresenta sensibilidade extrema à luz, mantendo os olhos fechados em ambientes iluminados. Qual termo define essa condição?

A) Fotofobia
B) Blefarite
C) Amaurose
D) Enoftalmia

Questão 16:

Durante o exame, você observa movimentos repetitivos e involuntários dos olhos do paciente, indo de um lado para outro. Como registrar essa alteração?

A) Estrabismo
B) Anisocoria
C) Midríase
D) Nistagmo

Questão 17:

Um cão com glaucoma apresenta aumento significativo no tamanho do globo ocular. Qual o termo técnico para essa alteração?

A) Exoftalmia
B) Buftalmia
C) Enoftalmia
D) Episclerite

Questão 18:

Ao avaliar resposta pupilar à luz, você nota que as pupilas permanecem extremamente dilatadas mesmo com luz intensa. Como descrever esse achado?

A) Miose
B) Anisocoria
C) Midríase
D) Fotofobia

Questão 19:

Um Basset Hound apresenta pálpebra inferior caída, expondo a conjuntiva. Qual a condição presente?

A) Ectrópion
B) Entrópio
C) Blefarite
D) Enoftalmia

Questão 20:

Um cão diabético perdeu completamente a visão, apesar dos olhos parecerem normais ao exame externo. Como você descreveria essa condição?

A) Catarata
B) Enoftalmia
C) Ceratite
D) Amaurose
🫁 Sistema Respiratório e Circulatório - 10 questões

Questão 21:

Um gato está respirando com frequência de 60 movimentos por minuto. Como você classificaria essa alteração?

A) Bradipneia
B) Dispneia
C) Taquipneia
D) Apneia

Questão 22:

Um cão com insuficiência cardíaca consegue respirar melhor apenas quando está sentado ou em pé. Qual termo descreve essa condição?

A) Dispneia
B) Ortopneia
C) Taquipneia
D) Tiragem

Questão 23:

Ao auscultar um felino, você ouve sons agudos semelhantes a assobios durante a respiração. Como você descreveria esse som?

A) Sibilância
B) Cornagem
C) Tiragem
D) Hemoptise

Questão 24:

Um cão com pneumonia apresenta tosse produtiva com eliminação de sangue. Qual o termo correto para descrever a eliminação de sangue pela tosse?

A) Hematêmese
B) Hematoquezia
C) Melena
D) Hemoptise

Questão 25:

Um animal apresenta mucosas com coloração azulada/roxa devido à baixa oxigenação. Como você descreveria essa alteração?

A) Icterícia
B) Palidez
C) Cianose
D) Eritrodermia

Questão 26:

Durante emergência, um cão para de respirar completamente. Qual o termo correto para descrever essa condição?

A) Bradipneia
B) Apneia
C) Dispneia severa
D) Síncope

Questão 27:

Um cavalo apresenta ruído inspiratório estridente devido a obstrução laríngea. Como você descreveria esse som?

A) Cornagem
B) Sibilância
C) Produtiva
D) Paroxística

Questão 28:

Ao examinar um cão com dificuldade respiratória, você nota retração acentuada dos espaços entre as costelas durante a respiração. Como chamar essa alteração?

A) Dispneia
B) Taquipneia
C) Ortopneia
D) Tiragem

Questão 29:

Um cão idoso desmaia subitamente durante o passeio, perdendo a consciência por alguns segundos. Como você descreveria esse evento?

A) Apneia
B) Convulsão
C) Síncope
D) Vertigem

Questão 30:

Qual tipo de tosse indica problema no trato respiratório inferior (brônquios/pulmões)?

A) Tosse inspiratória
B) Tosse expiratória
C) Tosse mista
D) Tosse paroxística
🍽️ Sistema Digestório - 10 questões

Questão 31:

Um gato não demonstra nenhum interesse em se alimentar há 48 horas. Qual o termo correto para descrever essa condição?

A) Anorexia
B) Hiporexia
C) Parorexia
D) Disfagia

Questão 32:

Um cão diabético apresenta aumento significativo no consumo de água. Como você descreveria essa alteração?

A) Normodipsia
B) Oligodipsia
C) Adipsia
D) Polidipsia

Questão 33:

Durante a consulta, o proprietário relata que o animal expele conteúdo alimentar do esôfago sem esforço abdominal. Como você diferenciaria isso de vômito?

A) É êmese
B) É hematêmese
C) É regurgitação
D) É disfagia

Questão 34:

Um cão apresenta fezes pretas, pastosas e com odor forte, indicando sangue digerido. Como você descreveria esse tipo de fezes?

A) Hematoquezia
B) Melena
C) Esteatorreia
D) Disquesia

Questão 35:

Um gato faz grande esforço ao defecar, demonstrando desconforto e dor durante o ato. Qual termo descreve esse sinal?

A) Tenesmo
B) Disquesia
C) Aquesia
D) Obstipação

Questão 36:

Um cão está sendo observado comendo as próprias fezes. Como você registraria esse comportamento?

A) Parorexia
B) Geofagia
C) Fitofagia
D) Coprofagia

Questão 37:

Um cachorro não consegue defecar há 5 dias, com intestino completamente preso. Como você descreveria essa condição?

A) Disquesia
B) Oligoquesia
C) Constipação
D) Incontinência

Questão 38:

Um gato com insuficiência pancreática apresenta fezes com aumento de gordura, brilhosas e mal cheirosas. Qual o termo correto?

A) Melena
B) Esteatorreia
C) Hematoquezia
D) Disquesia

Questão 39:

Um animal apresenta grande dificuldade para engolir o alimento. Qual o termo que descreve essa alteração?

A) Disfagia
B) Odinofagia
C) Regurgitação
D) Anorexia

Questão 40:

Um cão apresenta sangue vermelho vivo misturado às fezes, indicando sangramento do intestino grosso. Como você descreveria isso?

A) Melena
B) Hematêmese
C) Hematoquezia
D) Hemoptise
🦴🩺 Sistemas Neurológico, Locomotor e Geniturinário - 10 questões

Questão 41:

Um cão com hérnia de disco apresenta paralisia dos membros posteriores. Como você descreveria essa condição?

A) Hemiplegia
B) Paraplegia
C) Tetraplegia
D) Ataxia

Questão 42:

Um gato caminha de forma descoordenada, tropeçando e cambaleando. Qual o termo para essa alteração na coordenação motora?

A) Paraplegia
B) Claudicação
C) Vertigem
D) Ataxia

Questão 43:

Um cão está evitando apoiar peso em uma das patas, mancando visivelmente. Como você registraria essa alteração?

A) Ataxia
B) Paraplegia
C) Claudicação
D) Parestesia

Questão 44:

Um gato com cistite urina pequenas quantidades múltiplas vezes ao dia. Como você descreveria esse aumento na frequência de micção?

A) Polaciúria
B) Poliúria
C) Oligúria
D) Anúria

Questão 45:

Um cão com insuficiência renal aguda parou completamente de produzir urina. Como você descreveria essa condição?

A) Oligúria
B) Disúria
C) Iscúria
D) Anúria

Questão 46:

Um gato demonstra dor e dificuldade ao urinar, miando durante a micção. Qual o termo correto para essa condição?

A) Polaciúria
B) Disúria
C) Oligúria
D) Noctúria

Questão 47:

Ao realizar urinálise, você observa presença de sangue na urina do paciente. Como você descreveria esse achado?

A) Colúria
B) Poliúria
C) Hematúria
D) Disúria

Questão 48:

Um cão com obstrução uretral tem urina acumulada na bexiga mas não consegue eliminá-la. Como você descreveria essa condição?

A) Iscúria (Escúria)
B) Anúria
C) Oligúria
D) Polaciúria

Questão 49:

Um cão com doença hepática apresenta urina com cor muito escura, semelhante à Coca-Cola. Qual termo descreve essa alteração?

A) Hematúria
B) Poliúria
C) Oligúria
D) Colúria

Questão 50:

Um cão diabético está urinando grandes volumes com frequência. Como você descreveria o aumento no volume urinário?

A) Polaciúria
B) Oligúria
C) Poliúria
D) Noctúria
🎉 Parabéns por completar o quiz! Continue praticando e estudando os termos para dominar a terminologia veterinária. A fluência nestes termos é essencial para uma comunicação profissional eficaz.